quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Hoje tive um sonho.

Daqueles em que se acorda com a nítida sensação que viajamos sistematicamente entre uma vida e outra, uma tão real como a outra. Mas cuja memória desse outro eu se vai desvanecendo segundo a segundo, à medida que o estado de vigília volta. Era eu, era mesmo eu, noutro sítio, com outro nome. E foi tão estupidamente real que me tem assombrado todo o dia. Sonho este, que felizmente se tem vindo a desvanecer da memória durante o dia, entremeado com pequenos episódios de pesadelos com carraças verdes do tamanho de azeitonas a devorar os corpos pequeninos das minhas gatas.

Acho que a coisa me atormenta tanto pela possibilidade, ainda que remota, de sermos tão reais como a outra lá do outro lado; ou antes, a outra, lá do outro lado, ser tão real como esta, que de vez em quando escreve à Simone num blog.

Não volto a comer mussaka daquela maneira antes de dormir.

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