quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Jantar da Bastilha IV (julgo eu)

Comité Central reunido; plásticos dos maços de tabaco prontos no bolso da camisa do Loff, cães deste nosso Portugal a cagar desenfreadamente nas 24h que lhes restam para empestar as ruas de Lisboa (e, consequentemente, nós pisarmos os seus cagalhões, que vêem em diversos tamanhos, cores, texturas e consistências; sim, conferimos nós, Os da Bastilha, que os cagalhões se colam às solas dos sapatos numa organização estratigráfica rigorisíssima - eu, por exemplo, pisei o almoço, num tom mais azeitona desmaiado, enquanto tu pisaste claramente um qualquer jantar comido à pressa num beco da Rua do Norte); a Dona Rosa já está de bata cor de rosa a fritar alheiras, as varandas da casa do Alentejo já foram reforçadas, para que não seja desta, a morte trágica de um grupo viçoso de jovens amontoados a fumar por cima das Portas de Santo Antão. E o Kafka já se sentou na esquina do Clandestino. À espera.

O cosmos conspira para a concretização desta efeméride (uma das tantas, tantíssimas, que se sucedem; mas nós estamos bem, nós estamos bem...), e eu estou excitadissima.


Então até amanhã, camaradas.

1 comentário:

castor disse...

a cabeça está em repouso absoluto, para se ressentir mais um poucachinho a tempo do jantar.
até amanhã!