quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Nunca pensei que encaixotar uma casa (tão pequena, por sinal) fosse mote para tanta ansiedade e desolação. É como se a despersonalizássemos de uma forma quase sádica; o cheiro a estuque e inox volta num instante, para substituir os cheiros familiares.
Fico com o coração pequenino sentada no meio dos caixotes, à medida que a minha casa vai desaparendo. E de repente, estou de novo entre as paredes da senhoria, num espaço que me hostiliza a cada dia, à medida que o kick-off se aproxima.
Sim, eu sei, é para ir para melhor, move on, casa nova, vida nova.
Mas esta foi a primeira.
E agora só me resta a cama. Fico por aqui, sentadita, meia tonta, a pensar no que já fiz e no que ainda falta fazer. A minha cama é o último sítio quente desta casa, enquanto adio o momento de deixar a Casa da Senhoria entrar no meu quarto.



We all walk the Long Road.

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