terça-feira, 21 de julho de 2009

Cara Simone, estou pior que uma barata.

Anteontem, chego a casa por volta das 4 da manhã, e tenho um grupo de adolescentes em combíbio à porta do prédio. Até aqui tudo bem, não tivesse um deles a péssima ideia de se encostar ao muro do meu jardim e começar a abrir a braguilha. Passei-me. Não sei nem me interessa o estado de embriaguez ou excitação colectiva; não quero saber se a criança estava sozinha em casa e fez uma tennage raging party. Não mija à minha porta.

No dia seguinte, tinha um copo partido no corredor.

Hoje já lá não estava, foi substituído por um café entornado. E um gelado.

Moro num prédio de gente porca. É que dá dó. Juro. Chega-se aqui, os canteirinhos estão todos catitas, regadinhos, podadinhos, jeitosos. Os prédios asseados, os vidros lavados, a malta civilizada. Chega-se ao meu lote, parece que chegámos a Chelas. Aliás, estou convicta que em Chelas não há prédios assim.

Aparentemente, ainda eu cá não estava, a malta não aprovou a subida dos custos de condomínio, sob pena de ficar sem dinheiro para pagar à empresa de limpeza que tomava conta da javardeira que esta gente faz. Aparentemente, isto não preocupou ninguém. O que não me espanta, tendo em conta que quem paga o condomínio é uma minoria em vias de extinção. E pergunto-me o que fazem ao meu dinheiro. Quer dizer, quem paga, pensa ter garantida a manutenção mínima do prédio; a luz, a segurança, a limpeza, essas mariquices. Mas os poucos que pagam estão basicamente a pagar os custos da administração, e a electricidade comum; ou seja, todos temos campainhas e elevador, pagadores e não pagadores, o que me irrita ainda mais visto que moro no rés do chão. Não só não utilizo o elevador como a campainha é perfeitamente substituível por um "abre aí a porta" gritado para a minha cozinha.

Como se tudo isto não bastasse, como se não fosse suficientemente ridículo eu não ter limpeza no prédio por causa daquela gente, ainda me cagam e mijam e fodem o prédio todo.

Só cá estou há quatro meses. E estou em metamorfose para a fase berserk. Quando sair do casulo, e me transformar na cabra histérica do rés do chão, quero ver.

2 comentários:

castor disse...

porra!
SCHER!

A. disse...

Em relação ao puto urino-distribuidor podes tentar duas abordagens: ou a sensível e diplomata - pegas no maior facalhão que tiveres na cozinha e chegas ao pé do miúdo por detrás, encostas-lhe a faca à cara e gritas-lhe ao ouvido qualquer coisa como “ó meu grandáfilhodaputa(tudo junto) da próxima que te apanhar a mijar aqui corto-te a aparelhagem e enfio-ta pla garganta a baixo a ver se gostas do cheiro, e depois ainda te atiço o meu pitbull”; ou numa abordagem mais rude, esconde a faca atrás das costas (leva-a pelo sim pelo não), e com um esgar trocista atira-lhe: “não te envergonhas ó handicap de vires para aqui mijar à frente de toda a gente com uma cena tão piquenina. Deficiente. Até num concursos de miniaturas eras desclassificado”. Se nenhuma resultar, ora… capa-o para dar o exemplo aos outros.

Em relação ao resto sempre podes pedir aos amigos do puto para mijarem à porta dos teus vizinhos à socapa. Para verem o que é bom.