sexta-feira, 17 de julho de 2009

Cara Simone;

A situação é a seguinte :

Tenho sensivelmente 1 mês e meio para entregar uma tese de mestrado que ainda não percebi muito bem do que se trata;
Exerço diariamente funções, em virtude da necessidade de receber o dinheiro, o carcanhol, a pasta, vá, o cacau para pagar as contas, não propriamente simpáticas ou particularmente estimulantes;
Tenho uma família tipicamente portuguesa, muito emigrante, que, estranhamente, escolhe o Verão para nos vir visitar; a nós, a Resistência, os que ainda Acreditam;
Tenho (outra) família, estabelecida em terras lusas, que também ocupa parte do meu tempo e das minhas preocupações;
Só tenho um carro;
Não tenho empregada doméstica;
Ando em negociações para voltar a trabalhar a sério, como uma menina crescida,agora que entrega da tese está próxima...;

Junta isto tudo num regofadinho, acrescenta-lhe um computador pifado sem arranjo (nunca é demais lembrar, numa altura em que estou em ponto de rebuçado a fazer a tese), uma infecção urinária, o trimestre do condomínio para pagar, litígios com ex-entidades patronais que nos devem dinheiro, turnos extra, terrores nocturnos com os deadlines flying by, e terás uma ideia do que teem sido os meus dias. Ah, e a hipocondria estimuladíssima com a perspectiva de uma quarentena generalizada.



Mas fora isso, estou benzinho, vai-se andando, haja saudinha.

Sem comentários: